sexta-feira, 23 de janeiro de 2009



Quaestio

Surfistas: 11.º ano.


Se uma árvore cair numa floresta e não houver ninguém por perto para ouvir, ela fará barulho? Porquê?

13 comentários:

MCF disse...

Descartes iria pensar e dizer que a árvore fazia barulho ao cair, já Hume nunca iria saber.

Para Descartes através do pensamento ele ía chegar á conclusão que a árvore fez barulho.

Já cairam várias árvores com pessoas por perto para ouvir - as árvores faziam barulho ao cair - uma árvore vai fazer barulho ao cair independentemente de estar lá alguem...

Hume pensaria que só se alguém estivesse lá para ouvir é que poderíamos saber se a árvore fez barulho ou não.

Anónimo disse...

o que e o barulho?sera que o barulho existe?como e que nos "SABEMOS" que a arvore faz barulho ao cair no chao?Descartes antes de pensar se a arvore faria barulho ao cair ou nao......faria como os cepticos e duvidaria da existencia de "barulho".....sendo assim o conhecimento da existencia de barulho deixaria de existir e a arvore mesmo que fizesse barulho nao seria propriamente barulho pois ele nao existiria......sendo assim concluo a minha resposta dizendo que nao haveria barulho se fosse aceite o que Descartes dizia....e que nao haveria barulho se fossemos pelo que diziam os cepticos......António Gomes Nº23 11ºBCT

Anónimo disse...

Em primeiro lugar, o som caracteriza-se por uma fonte emissora, geradora do ruído e por uma fonte receptora. Logo, é necessário que estes dois estejam interligados, caso contrário esse som não é obtido por completo.

Ora, se para afirmarmos a certeza de um determinado facto dependemos da experiência, caso contrário não podemos afirmar com certeza absoluta que uma árvore ao cair numa floresta, sem ser observada por alguém ou por algum meio artificial (digital) como por exemplo uma câmera de vídeo, produza som.

Segundo Hume, todo o conhecimento depende da experiência. Então, se não experenciarmos o momento não podemos saber que a queda da árvore produziu ou não som durante a queda.

O nosso bom senso diz-nos que sempre que presenciamos uma árvore a cair ouvimos o som que a sua queda emite. Isto faz-nos pensar o mesmo em relação a um acontecinento semelhante que não possamos presenciar. Pelo princípio da causalidade (conjunto de todas as relações de causa e efeito), somos persuadidos a querer que a repetição da experiência em relação a um mesmo tipo de fenómeno, que a árvore ao cair necessariamente produzirá som. Mas se todos os fenómenos dependem da experência de um observador para serem efectivados, poderíamos concluir que a árvore ao cair solitariamente na floresta não produziria som na ausência desse tal observador. Portanto, não há garantias que o fenômeno ocorra dessa maneira na ausência de um observador.

Bruno Fidalgo disse...

Na minha opniao a árvore fará barulho independentemente de existir alguem para a ouvir.Quando cai uma árvore e nós estamos por perto ouvimos o barulho que ela faz logo por expriencias passadas sabemos de antemão que ela fará barulho.A presença de alguem no local nao influenciará o barulho da queda da árvore.Existe outra maneira de responder a esta questao mas eu sou da opniao que nao existe necessidade de presenciarmos algo só para comprovar a sua reacção.

Anónimo disse...

O cepticismo defende que não sabemos o que pensamos saber, o céptico põe em causa a maneira como sabemos aquilo que pensamos saber.
Perante a questão de saber se podemos ter algum conhecimento do mundo sem recorrer à experiencia, o racionalista responde sim e o empirista responde não. É este o desacordo maior entre Descartes e Hume. O racionalismo afirma que o mais importante conhecimento do mundo depende apenas do pensamento e o empirismo afirma que todo o conhecimento do mundo, depende da experiencia.
Para descartes, a árvore ao cair faz barulho, porque tem conhecimento do mundo sem recorrer à experiencia, e sabe que uma árvore ao cair faz barulho.
Segundo Hume, a árvore ao cair não sabe se fez barulho, porque não estava lá ninguém na hora em que a árvore caiu, para confirmar se fez barulho. Hume só acredita que a árvore ao cair faz barulho se estiver lá na altura em que a árvore estiver a cair.


Helder Martins 11ºACT

Unknown disse...

Eu concordo com a perspectiva cartesiana em relação a este problema em concreto. Na minha opinião, secalhar apenas porque ainda não aprendemos mais nenhuma alternativa que seja mais apropriada, a melhor maneira de obter o conhecimento mais importante é através do pensamento.
Segundo a teoria CVJ sobre o conhecimento, é preciso que haja um sujeito com uma crença que seja verdadeira e justificada para que haja conhecimento. Ora, eu tenho a crença de que um objecto quando cai ao chão faz barulho, neste caso uma árvore. Eu justifico esta crença com o facto de eu já ter visto árvores e outros objectos cair e eles efectivamente fizeram barulho portanto a verdade da minha crença é extremamente provável.
Ora usando a minha racionalidade posso concluir que uma árvore numa floresta ao cair vai fazer barulho porque um objecto daquelas dimensões segundo as leis da Fisica que são conhecidas actualmente, não pode cair sem agitar as particulas e assim produzir ruido.

katuska disse...

Acho que é muito subjectivo pois vejamos o que torna o barulho de ser barulho é porque o ouvimos e nos incomoda.Ora se não nos incomodar não será barulho.
Só há som porque o conseguimos ouvir , se não o conseguíssemos ouvir não existiria barulho nem qualquer tipo de som.devido a nossa sociedade ser tão tão barulhenta nem o som mais belo, o do silêncio conseguimos ouvir apesar de ser possível ouvi-lo a todo momento. Se nem o silêncio ouvimos e o som está lá nunca ouviríamos o som de uma árvore a cair pois nem sequer estamos perto dela Barulho havia mas se ninguém o ouve não faz sentido afirmarmos que a árvore o fez.

Anónimo disse...

Se não estava lá ninguem o som produzido por a árvore não incomodou nem se ouviu ,diriamos assim que não existiu barulho,mas como já se presenciou árvores a cair sabe-se que a queda das árvores não sao silenciosas.Portanto pela experiência podemos afirmar que existiu barulho.

Anónimo disse...

O conhecimento resulta da experiencia.
Nós sabemos que se uma árvore cair fará barulho, porque criámos o hábito mental através da experiência. As nossas crenças são justificadas atraves da experiencia, mas nao nos garante que sejam verdadeiras para factos não observados. Hume e Descartes têm pensamentos diferentes, porque Descartes iria pensar e obter uma resposta para o facto nao observado e Hume garantia que era preciso alguem estar presente para provar o facto.

Na minha opinião independentemente de estar lá alguem ou não a arvore ia fazer barulho, porque ja temos o habito mental de qualquer coisa cair e ouvirmos o barulho

Ana Luísa 11ºBCT

Rui Ramos disse...

A Teoria Clássica do Conhecimento, teoria CVJ, diz que para haver conhecimento é necessária uma crença que seja verdadeira e se encontre justificada. Para haver uma crença necessitamos de um sujeito que acredite em algo. Ora se a árvore caiu sem nenhum sujeito por perto é óbvio que é impossível garantir que a árvore tenha feito barulho. Mas quer dizer, quando um objecto cai ele não faz sempre barulho? Será que nos podemos basear em experiências vividas para dizer que a árvore faz barulho ao cair ou não sem um sujeito por perto? No mundo, tal e qual o conhecemos, os objectos fazem barulho ao cair, então mesmo sem ninguém por perto a árvore fez barulho. Será? Imaginemos que existia a Terra, tal e qual como conhecemos, mas sem Homens, ou seja, nós não existíamos. Ora pondo as coisas neste ponto constata-se que é necessária a nossa existência para que uma árvore faça barulho, pois como faria uma árvore barulho sem que nunca ninguém a tivesse ouvido? Isto é, como pode algo existir sem alguém compreender a sua existência? Na nossa vida, a experiência apenas nos pode garantir que uma vez uma árvore caiu e fez barulho, não consegue garantir que da próxima vez será assim. Deste modo, o barulho só é barulho quando captado por um corpo que tem uma mente que compreende o conceito de barulho, como na situação em causa não há um sujeito a ouvir a árvore cair esta não faz barulho ao cair.

Anónimo disse...

Na minha opinião segundo Descartes, se uma árvore cair numa floresta e se não estiver lá ninguém para ouvir, ela fará barulho, pois ao duvidar de tudo, não duvidar por duvidar vi chegar á conclusão que a árvore fará barulho, independentemente de estar ala alguém ou não.
Nós pessoas já vimos e ouvimos cair muitas árvores, por tanto as árvores farão barulho independentemente de lá estarem pessoas.
Segundo Hume a árvore não fará barulho, pois não está lá ninguém para comprovar se árvore faz barulho ou não. Ao recorrer a experiência podemos dizer que a árvore fará barulho, mas no entanto isto não é verdade pois a natureza não é uniforme, isto é a observação mostra que a natureza é uniforme num certo lugar e num certo tempo. Logo não é possível sabermos que o que aconteceu no presente volta acontecer no futuro de uma forma igual. Ou seja, é necessário estar lá alguém par comprovar se a árvore faz barulho ou não quando cai.

Amândio nº 1 11 ACT

Anónimo disse...

Em primeiro lugar, o som caracteriza-se por uma fonte emissora, geradora do ruído e por uma fonte receptora. Logo, é necessário que estes dois estejam interligados, caso contrário esse som não é obtido por completo.

Ora, se para afirmarmos a certeza de um determinado facto dependemos da experiência, caso contrário não podemos afirmar com certeza absoluta que uma árvore ao cair numa floresta, sem ser observada por alguém ou por algum meio artificial (digital) como por exemplo uma câmera de vídeo, produza som.

Segundo Hume, todo o conhecimento depende da experiência. Então, se não experenciarmos o momento não podemos saber que a queda da árvore produziu ou não som durante a queda.
Segundo a concepção de Hume (Relações causais), a experiencia mostra apenas união constante entre contiguidade e sucessão temporal. Simplesmente criamos um hábito mental de “ver” uma árvore a cair e produzir som, onde há apenas contiguidade e sucessão temporal. Logo, a informação existente sobre acontecimentos efectivados não pode ser estendida ao futuro.

O nosso bom senso diz-nos que sempre que presenciamos uma árvore a cair ouvimos o som que a sua queda emite. Isto faz-nos pensar o mesmo em relação a um acontecinento semelhante que não possamos presenciar. Segundo a concepção clássica de causa->efeito, somos persuadidos a aceitar que a repetição da experiência em relação a um mesmo tipo de fenómeno, que a árvore ao cair necessariamente produzirá som. Mas se todos os fenómenos dependem da experência de um observador para serem efectivados, poderíamos concluir que a árvore ao cair solitariamente na floresta não produziria som na ausência desse tal observador. Portanto, não há garantias que o fenómeno ocorra dessa maneira na ausência de um observador.

(comentário final)

Anónimo disse...

Segundo Descartes (filósofo racionalista) a árvore ao cair fará barulho. Para Descartes e para os defensores do racionalismo, podemos ter conhecimento do mundo sem recorrer à experiência. O racionalismo afirma que o mais importante conhecimento do mundo depende apenas do pensamento, e afirma isso, pois a matemática (que depende apenas do pensamento) descobre verdades incorrigíveis. Estas verdades não são susceptíveis a correcção a partir da experiência. O racionalismo procura estabelecer conhecimento do mundo igualmente incorrigível e tal como na matemática, isso só será possível se esse conhecimento depender apenas do pensamento. Segundo o racionalismo, podemos ter conhecimento a priori (sem recorrer à experiência) de verdades sintéticas (uma proposição é sintética se é verdadeira ou falsa em virtude dos factos e não em virtude do significado dos seus termos). Assim, segundo os racionalistas, se uma árvore cair numa floresta e não houver ninguém por perto para ouvir, ela fará barulho.

Segundo Hume (filósofo empirista) nunca iríamos saber se a árvore fará barulho ao cair. Segundo o empirismo, não podemos ter conhecimento do mundo sem recorrer à experiência (contacto com o objecto através dos sentidos) e todo o conhecimento do mundo depende da experiência. Assim, se uma árvore cair e não houver ninguém por perto para ouvir, não é possível saber se ela fará barulho.

Na minha opinião, se uma árvore cair numa floresta e não houver ninguém por perto para ouvir, ela fará barulho. Barulho é um sinónimo de som e a definição de som é “propagação de energia sob a forma de ondas no meio que rodeia um corpo em vibração”. Para que se gere som, é necessário que alguma coisa ponha o ar em movimento. Assim, a árvore a cair numa floresta gera som (barulho), independentemente de haver alguém por perto para ouvir, pois a queda da árvore põe ar em movimento. O ponto de vista empírico é rejeitado por mim, quando faço a seguinte analogia (falsa analogia): ”Se a árvore não faz barulho por não haver ninguém por perto a ouvir, então se eu fosse cego as cores não existiriam.” Segundo os empiristas, todos os fenómenos dependem da experiência. Então, não poderíamos saber se a árvore caiu realmente, pois ninguém presenciaria a árvore a cair.

Segundo o empirismo, quem não me diz que quando vou para a escola, a minha casa não anda a passear nas ruas e a namorar com outras casas. Se eu pusesse uma câmara a gravar e depois fosse ver a gravação, veria de certeza a árvore a cair e ouviria de certeza o barulho feito pela árvore a cair.

Na minha opinião, o conhecimento depende do pensamento, mas sempre baseando-se na experiência. Quando a experiência provasse o contrário, então já não haveria conhecimento. Nunca foi provado que uma árvore quando cai não faz barulho, mas já foi provado que quando uma árvore cai faz barulho. Na minha opinião, uma proposição é verdade até que se prove que é falsa e nunca foi provado que esta proposição é falsa.

Assim, se uma árvore cair numa floresta e não houver ninguém por perto para ouvir, ela fará barulho.





Francisco Canadas 11º ACT nº5