sábado, 21 de março de 2009

Objectivos para o teste (11.º ano)




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- Distinguir impressões de ideias.
(Ver: págs. 157-158 do manual adoptado + apontamentos)

- Apresentar o argumento anti-metafísico.
(Ver: pág. 158-159 do manual + apontamentos)

- Explicar o problema da indução segundo David Hume.
(Ver: pág. 159-164 do manual + apontamentos)

- Apresentar duas críticas a Hume.
(Ver: pág. 165 e 166-167 do manual + apontamentos)

- Apresentar o problema da justificação das teorias científicas.
(Ver: pág. 190 do manual + apontamentos)

- Explicar o papel atribuído pelos positivistas lógicos à indução na justificação das teorias científicas.
(Ver: pág. 197-199 do manual + apontamentos)

- Mostrar por que razões as inferências indutivas não podem ser justificadas, de acordo com Popper.
(Ver: pág. 200-201 do manual + apontamentos)

- Explicar a teoria falsificacionista de Popper.
(Ver: pág. 206-210 do manual + apontamentos)

- Apresentar uma crítica a Popper.
(Ver: pág. 210-211 do manual + apontamentos)

quinta-feira, 19 de março de 2009

Continuando a pensar sobre ciência...

... poderás, com proveito, surfar até aqui, onde encontrarás uma entrevista do jornal "Correio da Manhã" a Carlos Fiolhais, físico português, investigador e professor catedrático da Universidade de Coimbra, um dos mais prolíficos divulgadores da ciência em Portugal.
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«Os cientistas são, em geral, pessoas optimistas, por uma razão simples: eles sabem que amanhã saberão mais do que hoje», disse Carlos Fiolhais. Como podem saber isso?

terça-feira, 10 de março de 2009

Necessitará a Ciência da Filosofia?

A propósito do debate ocorrido hoje na aula do 11.º ACT, devido ao excelente espírito crítico e, portanto, boa atitude filósofica de alguns alunos, eis algumas ideias para (continuar a) reflexão:
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«A filosofia da ciência é quase tão útil para a ciência como a Ornitologia é útil para os pássaros.» (Richard Feynman)

«Num tempo como o que vivemos presentemente, quando a experiência nos força a procurar um novo e mais sólido fundamento, os físicos não podem simplesmente entregar aos filósofos a contemplação crítica dos fundamentos teóricos…» (Einstein, 1936)

«Concordo perfeitamente com o significado e valor educacional da metodologia, tal como da história e filosofia da ciência.» (Einstein, 1944)
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«Se devemos filosofar, então devemos filosofar.
Se não devemos filosofar, então devemos filosofar.
Logo, em qualquer dos casos, devemos filosofar.» (Aristóteles, 384-322 a.C.)
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O que parece querer demonstrar Aristóteles é que apresentar um argumento filosófico contra a argumentação filosófica é (o que se chama em lógica) uma contradição pragmática -- ao apresentarmos qualquer bom argumento contra a filosofia (se colocarmos em causa, por exemplo, a sua necessidade ou utilidade) estaremos já, lógica e inevitavelmente, a filosofar! E já que é inevitável filosofar, então que esta actividade crítica seja educada, orientada, aprofundada, disciplinada, para que seja rigorosa e, assim, tenha algum valor intelectual. Logo, é importante aprender filosofia e a filosofar. E se a actividade filosófica é importante em geral, também o será, em particular, para as questões que o conhecimento científico possa colocar ao espírito inquiridor/filosófico! Ou será que não?

sábado, 7 de março de 2009

Objectivos para o teste (10.º ano)

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- Distinguir juízos de facto de juízos de valor.
(Ver: págs. 103-104 do manual adoptado + apontamentos)

- Apresentar o problema dos critérios valorativos.
(Ver: pág. 104-105 do manual + fotocópia)

- Discutir as principais teorias dos valores.
(Ver: págs. 106-108, 110-112, 113-114, 117-125, 131-134 do manual + apontamentos)

sexta-feira, 6 de março de 2009



Rir e pensar
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Surfistas: 11.º ano!




quinta-feira, 5 de março de 2009

A perspectiva do mundo!

Na passada segunda-feira, perto das duas da tarde, passou ao largo do planeta Terra, a 1/5 da distância entre a Terra e a Lua (72 mil quilómetros!), um asteróide cujas dimensões teriam feito trágicos estragos caso tivesse colidido com o nosso querido planeta. (Vê mais num post de Desidério Murcho, no De Rerum Natura ou notícia no Público.)
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É por estas e por outras que talvez devessemos pensar um pouco mais em termos perpectivistas, pois o universo é bem grande e complexo e as probabilidades de um desses fragmentos cósmicos (voltar a) colidir apocalipticamente connosco não são tão baixas quanto isso! Curioso é que... quase ninguém dá por isso!

quarta-feira, 4 de março de 2009


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As melhores ondas


Que comentário(s) te sugere esta imagem? Porquê?
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1.
Nesta imagem pode observar-se um ser Humano acorrentado, preso por correntes que parecem constranger os seus movimentos, as suas acções. Isto remete-nos imediatamente para o problema do livre-arbítrio. Por um lado a nossa acção parece ser inteiramente livre, quando agimos, quando expressamos a nossa opinião acerca de algum assunto, pressupomos que somos livres, sentimos que somos livres pois estamos a fazer aquilo que decidimos, que quisemos fazer. Por outro lado, no Universo físico tudo parece estar determinado por uma série de cadeias causais que determinam os acontecimentos. A uma dada causa segue-se sempre um determinado efeito. Até a acção humana parece estar constrangida por uma série de condicionantes como a cultura em que estamos inseridos, a época histórica em que vivemos ou a nossa constituição genética. Estas condicionantes influenciam a nossa personalidade e portanto o modo como agimos.
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O problema do livre-arbítrio é então tentar compatibilizar o determinismo da Natureza com a liberdade que parece haver na nossa acção.
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Podemos talvez então associar esta imagem a uma das tentativas de resposta a este problema - o Determinismo Radical. O Determinismo Radical é uma teoria incompatibilista que tenta responder ao problema do livre-arbítrio, negando, à partida a liberdade que parece haver na nossa acção, e dizendo que tudo está realmente determinado por acontecimentos anteriores. Na figura, as correntes simbolizam precisamente a prisão, a ilusão que é a liberdade da nossa acção. Estamos determinados a agir de uma determinada forma, nenhum acto que nós praticamos é livre pois há sempre um acontecimento anterior que nos move a agir assim. Se não houvesse nenhuma razão para agirmos de uma determinada forma então estaríamos a agir aleatoriamente o que não seria agir livremente. Os filósofos que apoiam esta teoria dizem que diariamente pressupomos o determinismo, quando por exemplo riscamos um fósforo esperamos que ele se acenda. Sem o pressuposto do determinismo seria impossível compreender o mundo. A Biologia, a Física e a Química são disciplinas centrais sem as quais não poderíamos compreender o mundo e elas pressupõem o determinismo pois dadas as mesmas causas seguem-se sempre os mesmos efeitos.
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No entanto esta teoria tem algumas falhas, pois a nossa vivência da liberdade é muito forte, e se realmente tudo estivesse determinado não poderíamos ser moralmente responsáveis pelos nossos actos, não podendo ser julgados por eles. Na verdade nenhuma das teorias que tentam responder ao problema (Determinismo Radical, Libertismo e Compatibilismo) parece responder inteiramente à questão, se bem que a tese do Determinismo Radical parece bastante plausível. Segundo alguns filósofos contemporâneos (com os quais eu concordo) o problema continua em aberto, sem resposta.
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Cândida Carvalho 10º BCT

2.
A imagem retrata um homem acorrentado. A meu ver este retrato faz pensar sobre a liberdade de agir dos humanos porque, o homem presente na imagem parece não ser livre, pois está preso.A sua liberdade parece estar em causa, no acto de se movimentar ele não pode tomar a liberdade de o fazer, está preso. Mas o seu pensamento é livre, ele pode pensar o que bem entender. Os seus movimentos físicos podem ser controlados, mas a mente não pode ser controlada. Logo, a sua mente é livre.
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Ana Rita 10ºBCT

3.
Esta imagem representa duas coisas diferentes:
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O homem parece estar preso, isto quer dizer que ele não é livre, o que simboliza a existência do determinismo.
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O homem parece estar triste, isto deve-se a ele não ser livre, o que simboliza a existência do livre-arbítrio.
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O problema do livre-arbítrio é, precisamente, tentar compatibilizar estas duas coisas.Logo, esta imagem é uma óptima representação do problema do livre-arbítrio.
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Joel Martins 10ºACT


Rir e pensar



O reitor, para o departamento de Física:
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“Porque é que nós temos sempre que vos dar a maior parte do orçamento para essas coisas de laboratório, equipamentos e maquinaria entre outras porcarias caríssimas?
Porque é que não são como o Departamento de Matemática, que só nos pede dinheiro para lápis, papel e cestos do lixo?
Ou melhor... como o Departamento de Filosofia, de onde só nos pedem dinheiro para lápis e papel?”

terça-feira, 3 de março de 2009



As melhores ondas
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Q: Se uma árvore cair numa floresta e não houver ninguém por perto para ouvir, ela fará barulho? Porquê?
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1.
A Teoria Clássica do Conhecimento, teoria CVJ, diz que para haver conhecimento é necessária uma crença que seja verdadeira e se encontre justificada. Para haver uma crença necessitamos de um sujeito que acredite em algo. Ora se a árvore caiu sem nenhum sujeito por perto é óbvio que é impossível garantir que a árvore tenha feito barulho. Mas quer dizer, quando um objecto cai ele não faz sempre barulho? Será que nos podemos basear em experiências vividas para dizer que a árvore faz barulho ao cair ou não sem um sujeito por perto? No mundo, tal e qual o conhecemos, os objectos fazem barulho ao cair, então mesmo sem ninguém por perto a árvore fez barulho. Será? Imaginemos que existia a Terra, tal e qual como conhecemos, mas sem Homens, ou seja, nós não existíamos. Ora pondo as coisas neste ponto constata-se que é necessária a nossa existência para que uma árvore faça barulho, pois como faria uma árvore barulho sem que nunca ninguém a tivesse ouvido? Isto é, como pode algo existir sem alguém compreender a sua existência? Na nossa vida, a experiência apenas nos pode garantir que uma vez uma árvore caiu e fez barulho, não consegue garantir que da próxima vez será assim. Deste modo, o barulho só é barulho quando captado por um corpo que tem uma mente que compreende o conceito de barulho, como na situação em causa não há um sujeito a ouvir a árvore cair esta não faz barulho ao cair.
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Rui Manuel 11.ºACT
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2.
Segundo Descartes (filósofo racionalista) a árvore ao cair fará barulho. Para Descartes e para os defensores do racionalismo, podemos ter conhecimento do mundo sem recorrer à experiência. O racionalismo afirma que o mais importante conhecimento do mundo depende apenas do pensamento, e afirma isso, pois a matemática (que depende apenas do pensamento) descobre verdades incorrigíveis. Estas verdades não são susceptíveis a correcção a partir da experiência. O racionalismo procura estabelecer conhecimento do mundo igualmente incorrigível e tal como na matemática, isso só será possível se esse conhecimento depender apenas do pensamento. Segundo o racionalismo, podemos ter conhecimento a priori (sem recorrer à experiência) de verdades sintéticas (uma proposição é sintética se é verdadeira ou falsa em virtude dos factos e não em virtude do significado dos seus termos). Assim, segundo os racionalistas, se uma árvore cair numa floresta e não houver ninguém por perto para ouvir, ela fará barulho.
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Segundo Hume (filósofo empirista) nunca iríamos saber se a árvore fará barulho ao cair. Segundo o empirismo, não podemos ter conhecimento do mundo sem recorrer à experiência (contacto com o objecto através dos sentidos) e todo o conhecimento do mundo depende da experiência. Assim, se uma árvore cair e não houver ninguém por perto para ouvir, não é possível saber se ela fará barulho.
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Na minha opinião, se uma árvore cair numa floresta e não houver ninguém por perto para ouvir, ela fará barulho. Barulho é um sinónimo de som e a definição de som é “propagação de energia sob a forma de ondas no meio que rodeia um corpo em vibração”. Para que se gere som, é necessário que alguma coisa ponha o ar em movimento. Assim, a árvore a cair numa floresta gera som (barulho), independentemente de haver alguém por perto para ouvir, pois a queda da árvore põe ar em movimento. O ponto de vista empírico é rejeitado por mim, quando faço a seguinte analogia (falsa analogia): ”Se a árvore não faz barulho por não haver ninguém por perto a ouvir, então se eu fosse cego as cores não existiriam.” Segundo os empiristas, todos os fenómenos dependem da experiência. Então, não poderíamos saber se a árvore caiu realmente, pois ninguém presenciaria a árvore a cair.
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Segundo o empirismo, quem não me diz que quando vou para a escola, a minha casa não anda a passear nas ruas e a namorar com outras casas. Se eu pusesse uma câmara a gravar e depois fosse ver a gravação, veria de certeza a árvore a cair e ouviria de certeza o barulho feito pela árvore a cair.Na minha opinião, o conhecimento depende do pensamento, mas sempre baseando-se na experiência. Quando a experiência provasse o contrário, então já não haveria conhecimento. Nunca foi provado que uma árvore quando cai não faz barulho, mas já foi provado que quando uma árvore cai faz barulho. Na minha opinião, uma proposição é verdade até que se prove que é falsa e nunca foi provado que esta proposição é falsa.
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Assim, se uma árvore cair numa floresta e não houver ninguém por perto para ouvir, ela fará barulho.
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Francisco Canadas 11º ACT
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3.
Em primeiro lugar, o som caracteriza-se por uma fonte emissora, geradora do ruído e por uma fonte receptora. Logo, é necessário que estes dois estejam interligados, caso contrário esse som não é obtido por completo.
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Ora, se para afirmarmos a certeza de um determinado facto dependemos da experiência, caso contrário não podemos afirmar com certeza absoluta que uma árvore ao cair numa floresta, sem ser observada por alguém ou por algum meio artificial (digital) como por exemplo uma câmara de vídeo, produza som. Segundo Hume, todo o conhecimento depende da experiência. Então, se não experienciarmos o momento não podemos saber que a queda da árvore produziu ou não som durante a queda.Segundo a concepção de Hume (Relações causais), a experiencia mostra apenas união constante entre contiguidade e sucessão temporal. Simplesmente criamos um hábito mental de “ver” uma árvore a cair e produzir som, onde há apenas contiguidade e sucessão temporal. Logo, a informação existente sobre acontecimentos efectivados não pode ser estendida ao futuro.
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O nosso bom senso diz-nos que sempre que presenciamos uma árvore a cair ouvimos o som que a sua queda emite. Isto faz-nos pensar o mesmo em relação a um acontecimento semelhante que não possamos presenciar. Segundo a concepção clássica de causa-efeito, somos persuadidos a aceitar que a repetição da experiência em relação a um mesmo tipo de fenómeno, que a árvore ao cair necessariamente produzirá som. Mas se todos os fenómenos dependem da experiência de um observador para serem efectivados, poderíamos concluir que a árvore ao cair solitariamente na floresta não produziria som na ausência desse tal observador. Portanto, não há garantias que o fenómeno ocorra dessa maneira na ausência de um observador.
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Rui Pereira 11.ºBCT