sábado, 29 de novembro de 2008

Objectivos para o teste (11.º ACT e 11.º BCT)




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- Formalizar argumentos.
(Ver: págs. 75-77 do manual adoptado)
- Avaliar argumentos através do uso de inspectores de circunstâncias.
(Ver: págs. 77-82 do manual)
- Justificar a validade da dupla negação ou eliminação da negação, do modo afirmativo e do modo negativo.
(Ver: págs. 81 do manual + apontamentos)
- Justificar a invalidade das falácias formais da afirmação do consequente e da negação do antecedente.
(Ver: págs. 86-89 do manual + apontamentos)
- Distinguir argumentos válidos, argumentos sólidos e argumentos bons.
(Ver: págs. 91-94 do manual + apontamentos)
- Definir Retórica.
(Ver: págs. 94-95 do manual + apontamentos)
- Explicar a função das provas por persuasão (ethos, pathos e logos).
(Ver: págs. 95-96 do manual + apontamentos)
- Identificar diferentes tipos de argumentos não-dedutivos (argumentos indutivos, por analogia e de autoridade).
(Ver: págs. 98-101 do manual + fotocópia síntese)
- Identificar diferentes falácias informais (falácia da generalização precipitada e falácia de autoridade).
(Ver: págs. 102 do manual + fotocópia síntese)

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Filósofos na onda
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Surfistas: 11.º ano.
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«A retórica clássica, a arte de bem falar, ou seja, a arte de falar (ou de escrever) de modo persuasivo, propunha-se estudar os meios discursivos de acção sobre um auditório, com o intuito de conquistar ou aumentar a sua adesão às teses que se apresentavam ao seu assentimento.»
Chaim Perelman, “Rhétorique et philosophie” in Rhétoriques, Bruxelles, 1989.
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«É retórico num discurso o que o torna persuasivo pela união do fundo e da forma. Entendo por fundo o conteúdo informativo e a estrutura lógica do discurso. Por forma tudo o que provém da afectividade (o ethos e o pathos), da construção (dispositio), do estilo e, por fim, da dicção.»
Olivier Reboul, L’Argumentation (Liège: Mardaga, 1987) 109.
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«A retórica é o encontro dos homens e da linguagem na exposição das suas diferenças e das suas identidades. Eles afirmam-se aí para se encontrarem ou para se repelirem, para encontrarem um momento de comunhão ou, pelo contrário, para evocarem essa impossibilidade e verificarem o muro que os separa. (…) Daí a nossa definição: a retórica é a negociação da distância entre os sujeitos. Esta negociação acontece pela linguagem (ou, de modo mais genérico, através da – ou de uma – linguagem), pouco importa se é racional ou emocional (…). Daí a definição geral que agora propomos: a retórica é a negociação da distância entre os homens a propósito de uma questão, de um problema
Michel Meyer, Questões de Retórica (Lisboa: Edições 70, 1998) 26-27.

sábado, 22 de novembro de 2008


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Quaestio
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Surfistas: 11.º ano.

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Q: Qual o argumento deste anúncio publicitário? E será persuasivo? De que modo?

quarta-feira, 19 de novembro de 2008



As melhores ondas


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1.
Na minha opinião, Sócrates com a frase “só sei que nada sei” queria demonstrar que em Filosofia (e em outras ciências) nada é dado como certo. Podem existir teorias muito bem fundamentadas, com bons argumentos, mas surge sempre alguém que encontra falhas nessas mesmas teorias e tudo volta ao início. Se nada é dado como certo, então o que pensamos saber, o que acreditamos ser verdade afinal pode não o ser. Daí esta frase; como tudo muda, tudo é provisório, é impossível afirmar que sabemos algo, pois o que é considerado certo hoje pode ser considerado errado amanhã. Então a afirmação de Sócrates significa que a única certeza que podemos ter, é que nada é certo, nada é inteiramente correcto. Sócrates assume apenas como certa a sua ignorância.
(Cândida Carvalho 10ºBCT)

2.
Na minha opinião o filósofo [Sócrates] quer dizer [com a frase "só sei que nada sei"] que o que ele sabe em relação ao que podia saber, pode ser comparado a nada. O filósofo também pretende dizer que à medida que aprofunda o seu conhecimento, conclui que não sabe nada, pois o conhecimento e as coisas que não sabe são infinitas.
(Ana Rita 10º BCT)

3.
Esta frase de Sócrates “Só sei que nada sei” de modo algum está a negar que não possui conhecimento, revela sim uma atitude de douta ignorância, isto é, o que sabe é infinitamente pouco relativamente à realidade complexa que o rodeia. Sócrates com esta expressão exprime também a necessidade de resistir à tentação fácil das primeiras impressões, que não passam de algo de ilusório.
(Sofia Cunha 10º ACT)

4.
A frase de Sócrates [“só sei que nada sei”] diz-nos que o saber é uma coisa provisória, não é certo, o que hoje é verdade amanhã pode deixar de o ser. Porque pura e simplesmente pode vir alguém apresentar novas teorias sobre algum assunto e "deitar abaixo" o nosso conhecimento, fazendo-nos voltar ao princípio de um longo ciclo que é o conhecimento.
(José Cordeiro 10º ACT)

A minha resposta à Quaestio de 16 de Outubro

Esta famosa frase atribuída a Sócrates espelha a atitude filosófica fundamental: uma atitude crítica, rigorosa, de dúvida constante diante da opinião fácil ou simples crença.
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Ao afirmar, de forma algo dramática, que apenas sabe que não sabe nada, Sócrates quereria transmitir duas ideias centrais:
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1. que, acerca dos temas-problemas mais fundamentais para o ser humano (segundo Sócrates: o que é o bem, a justiça -- em suma, o que é a vida boa), não sabe nada com absoluta certeza, ao contrário daqueles que julgam saber algo de certo acerca desses temas;
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2. que, porém, já sabe, pelo menos, uma coisa de certo, de extrema importância para quem deseja, de facto, vir a saber realmente alguma coisa acerca de si mesmo e do mundo -- que, à partida, não sabe nada e, portanto, está aberto ao verdadeiro saber.
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Esta ideia foi uma das mais influentes de Sócrates e ficou conhecida como a sua teoria da "douta ignorância". Quer dizer, o filósofo, o amante do verdadeiro saber, é aquele que, procurando saber o mais aprofundadamente, reconhece a sua profunda ignorância, que, em contraste com a ignorância ignorante, é uma ignorância esclarecida -- afinal, o filósofo não se deixa iludir por um conjunto de crenças irreflectidas que habitualmente povoam a mente do homem comum e, nesse sentido, acaba por ter, efectivamente, alguma sabedoria (por pouca que seja), composta por problemas devidamente formulados e teorias -- tentativas de responder a esses problemas -- apoiadas em bons argumentos!
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É claro que a forma dramática desta sentença socrática está igualmente relacionada com o seu estilo irónico, que usava como metodologia filosófica: Sócrates gostava de proferir afirmações contrárias ao que, de facto, pensava (sobretudo, em forma de questão), para incitar os seus interlocutores na Ágora ateniense à reflexão e análise crítica das opiniões que eles acreditavam ser verdadeiras -- o conhecido "diálogo socrático" (metodologia, aliás, que muitos professores de Filosofia utilizam com os seus alunos nas suas aulas!).
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(P.S.: Além disto, sempre podes completar a tua curiosidade apanhando uma onda até aqui.)

Solução para o quebra-cabeças de 10 de Novembro

Não tem (não há ainda) solução! Senão, vejamos.

Se a frase (1) for verdadeira então é falsa, uma vez que remete para a frase (2) que diz que a frase (1) é falsa. E o mesmo para a frase (2): se for verdadeira então tem que ser falsa, dado que remete para a frase (1) que diz que a frase (2) é verdadeira (tornando-a falsa!). Assim, chegamos a um resultado paradoxal: ambas as frases (1) e (2) são verdadeiras se e só se forem falsas. Ora, este tipo de problema lógico chama-se paradoxo. Um paradoxo é um argumento válido que parte de premissas verdadeiras, mas que, no entanto, conduz a uma conclusão falsa. É isto que acontece com o argumento que justifica a nossa análise acerca da verdade das frases apresentadas:

Todas as frases declarativas com sentido ou são verdadeiras ou falsas.
As frases “A frase seguinte é verdadeira” e “a frase anterior é falsa” são frases declarativas e têm sentido.
Logo, as frases “A frase seguinte é verdadeira” e “A frase anterior é falsa” ou são verdadeiras ou falsas.

No entanto, a conclusão deste argumento válido, que parte de premissas verdadeiras, é falsa, pois vimos que ambas as frases não são verdadeiras nem falsas, uma vez que são verdadeiras se e só se são falsas. Assim, temos um paradoxo: algo está errado, mas não é fácil ver o que é.

Quer dizer, tal como na Matemática há hoje problemas por resolver, também na Lógica os há. Os paradoxos – apesar de algumas tentativas de resolução – são alguns desses problemas que continuam a intrigar os lógicos.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008


Lectio

Surfistas: 10.º e 11.º anos.
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Eis uma sugestão de leitura para quem está a dar os primeiros passos -- independentemente da idade -- no pensamento filosófico. Trata-se de um livro que trata o leitor por tu, porque é mesmo para ti que ele é dirigido!
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Que Quer Dizer Tudo Isto? Uma iniciação à filosofia, de Thomas Nagel, trad. port. de Teresa Marques (Lisboa: Gradiva, 1995) 92 pp., é uma pequena introdução a nove temas-problemas filosóficos centrais, apresentando-os de forma a poderes compreender verdadeiramente os problemas e a orientar-te numa reflexão mais aprofundada sobre cada um deles. Embora não se preocupando em apresentar as principais teorias e argumentos filosóficos conhecidos sobre cada um dos problemas, nem os principais filósofos que a eles profundamente se dedicaram ao longo da história é um excelente exercício ao mesmo tempo reflexivo e introdutório à filosofia e ao filosofar, muito útil para alunos do 10.º ano, mas também do 11.º ano do ensino secundário ou até mesmo para todo o aventureiro do saber. Para mais informações sobre o livro podes surfar até aqui.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008



Quebra-cabeças

Surfistas: 11.º ano

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(1) "A frase que se segue é verdadeira."
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(2) "A frase anterior é falsa."
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Q: Qual das frases é verdadeira?!

sábado, 1 de novembro de 2008

Objectivos para o teste (10.º ACT e 10.º BCT)



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- Saber a origem etimológica da palavra “Philosophia”.
(Ver: Apontamentos + págs. 15-16 do manual adoptado + texto da pág. 9 do manual)

- Saber qual o objecto e o método da Filosofia.
(Ver: pág. 18 do manual)

- Relacionar problemas, teorias e argumentos
(Ver: pág. 18-20 do manual)

- Distinguir problemas filosóficos de outro tipo de problemas
(Ver: pág. 18-19 do manual)

- Explicar a importância dos conceitos em Filosofia
(Ver: págs. 20-21 do manual)

- Caracterizar a Filosofia
(Ver: págs. 22-27 + texto das págs. 27-28)